Robert Scheidt aprova adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021
Bicampeão olímpico, que vive na Itália, iria para sua sétima Olimpíadas, um recorde entre brasileiros. Para ele, decisão é acertada para preservar a saúde da população mundial
O velejador Robert Scheidt, maior atleta olímpico do Brasil, dono de cinco medalhas nos Jogos (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze), se pronunciou nesta terça-feira (24.03) sobre o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do primeiro ministro do Japão, Abe Shinzo, de adiar os Jogos de Tóquio 2020 para o ano que vem.
Em menos de três meses, Robert Scheidt se tornaria, caso os Jogos fossem mantidos no prazo inicial e a abertura fosse realizada no dia 24 de julho, o atleta brasileiro com maior número de Olimpíadas no currículo. Agora, com o adiamento da Tóquio 2020 para o ano que vem, o velejador vai ter que esperar mais um ano para concretizar o feito de disputar a competição pela sétima vez.
Para Scheidt, a decisão do COI e do governo japonês foi a mais acertada, tanto em termos esportivos, mas, principalmente, em função da preservação da saúde em meio a pandemia do novo coronavírus.
“O adiamento é a decisão correta. Eu, que já participei de seis Jogos, sei que a Olimpíada é a maior celebração da humanidade, uma grande festa, o auge do esporte, o momento em que os atletas mostram o máximo do seu talento. Infelizmente, o mundo está vivendo um momento muito triste e a saúde é a prioridade, considerando a preservação da saúde dos atletas e todos os envolvidos e considerando a possibilidade de se preparar de maneira igualitária, já que alguns ainda conseguem treinar e outros não. E também considerando outras implicações, como processos seletivos, o COI optou pelo caminho certo”, declarou o velejador.
Robert Scheidt mora na Itália com a família, na cidade de Torbole, às margens do Lago Di Garda, e apesar da quarentena em um dos países mais afetados pela COVID-19, ele não perde o otimismo. “Agora, vamos torcer para que consigamos superar esse problema no segundo semestre e entrar em 2021 com uma perspectiva de realizar grandes Jogos Olímpicos. Tenho certeza de que Tóquio estará ainda mais motivada para entregar um grande evento e aí, sim, vamos celebrar esse grande momento do esporte mundial”, afirmou o bicampeão olímpico.
Com o adiamento, Scheidt terá que refazer todo o planejamento para lutar pelo sexto pódio olímpico. Enquanto isso, aproveita o tempo livre em casa para manter o preparo físico. “Tenho uma bicicleta ergométrica, aparelho para remada e algumas anilhas e halteres para musculação. Dá para fazer variadas séries para o corpo todo. Manter uma rotina de treinos é importante. Todas as manhãs, faço 1h30 de exercícios físicos, alternando entre aeróbicos e de força, um dia para cada um. Infelizmente, qualquer outro tipo de treino está proibido. Uma coisa que gosto tanto, que é pedalar nas montanhas, não posso fazer, além de ir para a água velejar claro, que é o mais importante para mim”, completou.
Por Assessoria de imprensa do atleta