Neto defende profissionais de educação como prioridade na vacinação contra Covid-19
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), defendeu que profissionais de educação estejam no grupo prioritário para vacinação contra Covid-19 no Brasil. Na avaliação dele, com isso, seria possível retomar as aulas presenciais de maneira mais segura. Neto acredita não ser possível esperar que a volta das atividades escolares aconteçam apenas quando toda a população soteropolitana esteja imunizada porque os prejuízos para o aprendizado dos alunos seriam irreversíveis.
“Eu vejo governos e prefeituras Brasil afora marcarem data de retorno das aulas, depois suspendem, marcam de novo, e eu não vou ficar nessa. É uma irresponsabilidade com as famílias e com os funcionários. Graças a Deus estamos vendo a vacina se aproximar. Eu não serei mais prefeito, mas, como homem público, vou defender que os profissionais da educação estejam entre as prioridades daqueles que serão vacinados no Brasil”, disse Neto em evento de inauguração de uma creche no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (18).
O prefeito preferiu não estimar data para volta das aulas, mas disse que, para evitar prejuízos maiores aos alunos, é necessário retornar com as atividades no início do próximo ano. “Não será possível nós aguardarmos a imunização de todos os brasileiros para só depois retomarmos as aulas no país. O prejuízo para nossas crianças e nossos jovens já é enorme, principalmente para os alunos da rede pública. Esses prejuízos precisarão ser recuperados no próximo ano.”
Ele falou também das dificuldades para recuperação do conteúdo programático perdido em 2020, já que não houve aulas este ano devido à pandemia. Para 2021, será necessário condensar dois anos letivos em um.
“Terá que existir um compromisso dos governos, dos profissionais de educação, um pacto com as famílias, para que 2021 seja um ano dobrado na educação. Vamos ter que fazer 20 e 21 em 21.”
Festas de fim de ano
O gestor voltou a exibir preocupação com o possível aumento do contágio pela Covid-19 nas festas de fim de ano, quando familiares e amigos costumam se juntar para comemorar as datas. Ele salientou o risco de que atividades econômicas precisem ser novamente proibidas em 2021, caso o comportamento da população provoque um aumento ainda maior nas taxas de contágio e, consequentemente, na ocupação hospitalar.
“Minha preocupação é com as próximas duas semanas. Na semana que vem, as pessoas começam a entrar no clima de Natal e do Ano Novo. Esse ano é diferente. Eu refleti, tomei a decisão de não reverter o funcionamento das atividades econômicas – a gente sabe que o prejuízo para os empregos, para a preservação dos postos de trabalho, seria altíssimo. Nós já estamos trabalhando com ocupação dos leitos hospitalares muito alta. Se o desrespeito no Natal e Ano Novo for muito grande, será inevitável que, em seguida, tudo tenha que voltar atrás.”
Fonte: Bahia Notícias