Atletismo é terceira modalidade a retomar os treinos no CT Paralímpico, em São Paulo

Atletismo é terceira modalidade a retomar os treinos no CT Paralímpico, em São Paulo

Com protocolo rígido, apenas cinco atletas e dois treinadores foram liberados para treinar

Depois da natação e do tênis de mesa, parte da equipe da seleção brasileira paralímpica de atletismo retornou aos treinos presenciais na quarta-feira (15.07), no Centro de Treinamento, em São Paulo.

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) deixou os atletas por mais de quatro meses longe da pista do CT e, agora, eles começam a retormar as atividades.

Na parte da manhã, cinco atletas foram liberados para treinar, respeitando um rígido protocolo sanitário. Lorena Spoladore, campeã mundial no salto em distância e medalhista de prata nos Jogos de 2016 (Rio de Janeiro) no revezamento 4 x 100m foi uma dessas atletas.

“Passei por uma mistura de sensações. Deu para matar as saudades, voltar para casa e ficar bem mais aliviada também. Estar longe gera muita insegurança. Por mais que estivéssemos nos dedicando aos treinos em casa, sempre fica aquela dúvida. Mas aqui, na pista, com os técnicos, dá para se sentir bem melhor. Em relação aos protocolos, foi tudo muito bem controlado. Logo na entrada medimos a temperatura, os batimentos cardíacos, que nem fazem parte do protocolo padrão, mas pode auxiliar. Depois teve higienização completa e o distanciamento social a ser respeitado entre cada um de nós. Máscaras também só eram liberadas durante a nossa permanência na pista”, disse a velocista da classe T11 e F11, para deficientes visuais que correm ao lado do atleta-guia e usam o cordão de ligação nas provas de pista, e, no salto em distância, são auxiliados por um apoio.

Nesse período inicial, além dos atletas, apenas dois treinadores tiveram o acesso liberado às dependências do CT: Fábio Dias e Everaldo Braz Lucio.

“Nessa volta, faremos um trabalho gradativo de equilíbrio muscular, juntando força com a fisioterapia. Eles vão passar também por treinos de bastante mobilidade e muita coordenação, além de educativos de corrida com alguns pequenos circuitos de abdominais”, explicou Everaldo Lucio.

Segundo o responsável pela área de saltos da seleção brasileira, 20 atletas fazem parte desse primeiro grupo: “Todos devem passar pelos protocolos pedidos pelo departamento médico para, aí sim, serem liberados para retornar aos treinos. É um processo bem longo. Por isso, nem todos voltaram aos trabalhos de pista nessa quarta. Porém, acredito que até a sexta-feira todos já estarão conosco”, completou.

Fonte: Agência Brasil

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