“A música me levou pra lugares que eu jamais sonharia em chegar”, diz Diego Bragga em entrevista

“A música me levou pra lugares que eu jamais sonharia em chegar”, diz Diego Bragga em entrevista

Diego tem influências musicais de diversos estilos: MPB, pop rock, pagode, forró,  arrocha, sertanejo e, é claro, sertanejo universitário.

(Foto: Arquivo Pessoal)

O cantor e compositor Diego Bragga é natural de Iguaí e já fez vários trabalhos e participações em bandas e grupos musicais. Já foi vocalista do grupo “Pagode 10”, fez parte da dupla sertaneja “Jhony & Diego”  e atualmente segue em carreira solo.

Dupla Jhony e Diego (Foto: Arquivo Pessoal)

Em entrevista ao Conectado News, Diego Bragga abriu o jogo sobre seus novos projetos e disse que pensa em lançar um EP com musicas autorais, para mostrar mais a sua identidade.

Grupo Pagode 10 (Foto: Arquivo Pessoal)

Confira entrevista: 

Diego, em primeiro lugar obrigada por ter aceitado participar do nosso quadro de entrevistas. É uma honra poder contar um pouco da sua história. A primeira pergunta é: como você descobriu que levava jeito para a música e quantos anos de carreira você tem?

Agradeço muito o convite, a honra é toda minha. Quando eu era criança, eu não me importava muito com musica, não era uma coisa que despertava minha atenção. Na minha família, tenho um tio chamado Vando que sempre cantou na igreja e foi ele que me mostrou, pela primeira vez, alguns instrumentos musicais. Ele sempre tentava me ensinar a tocar violão, às vezes teclado, mas eu não tinha muito interesse. Até que um dia ele me chamou pra ir à igreja formar um grupo musical só com adolescentes da minha idade. Eu tinha por volta de 14 anos e, chegando lá, percebi que já tinham os cantores, guitarrista, baterista, mas havia um instrumento que estava no canto e não tinha ninguém tocando: era um contrabaixo. Eu fiquei muito curioso ao ver aquele instrumento, pois não o conhecia e na minha cabeça parecia uma guitarra com umas cordas grossas. Fiquei lá admirando e, no final do ensaio, alguém ligou aquele instrumento e, na primeira vez que escutei aquele som grave, eu me apaixonei. Foi então que um grande parceiro e amigo entrou na minha vida, o Dinho. Ele era o mentor do grupo, era ele que ensinava todos aqueles adolescentes a tocar e foi ele que, com muita paciência, começou a me ensinar a tocar contrabaixo. Assim formamos o grupo “Guardiães de Deus” e começamos a tocar em alguns encontros de adolescentes da igreja. Foi ali que eu comecei perceber que levava jeito para a música.

Você escolheu a música ou diria que a música lhe escolheu? Qual sua relação com ela e como surgiu o cantor Diego Bragga?

Eu acho que fui eu quem escolheu a música, porque a música na minha vida não foi como um dom, que eu nasci e fui aprimorando, pelo contrário, eu fui buscando, pesquisando muito, estudando e pedindo ajuda para as pessoas que já tocavam em bandas, foi algo que eu corri muito atrás.
Como cantor foi algo que surgiu muito por acaso. Na igreja, às vezes, o cantor não podia ir, então eu pegava o microfone e cantava apenas para o instrumental do grupo ensaiar. Ali eu percebi que minha voz não era tão ruim. Foi então que passei a cantar uma ou duas músicas na igreja e isso foi me despertando outro caminho na música. Comecei a fazer barzinhos, voz e violão, aqui na cidade. Foram surgindo outros convites em outras cidades e eu também  cantava muito na escola, desde então nunca mais parei de cantar.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Sabemos que a música fortalece, acalenta e alegra a alma, como é, para você, saber que sua composição tocou alguém?

A composição é algo mais recente em minha vida, assim que entrei na Universidade, em 2010, comecei a escrever algumas coisas, mas sempre tinha muita vergonha de mostrar para as pessoas. Quando resolvi mostrar algumas composições para alguns colegas da universidade, eles gostaram e me falaram que todo ano a UESB realizava um festival de música com os universitários. Eu gostei muito da ideia e resolvi participar. Foi ali que eu mostrei minha música para um número maior de pessoas e vi que consegui agradar. Fiquei um certo tempo compondo sozinho, até que me juntei com Ronecson e Juliano Maderada. A partir daí, comecei a descobrir o que é realmente o mundo da composição, em todos os aspectos, desde o processo de criação até a parte burocrática de registro, associações e Ecad. Comecei a ver a composição como algo mais profissional. E hoje, é de uma enorme felicidade e realização saber que uma composição minha tocou a vida de alguém. Acho que é isso que alimenta a chama de um compositor em querer criar novas historias e viver novas experiências sempre.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Na sua opinião, quais pontos negativos e positivos existem no mundo musical?

O mais difícil pra um artista independente como eu, que não tenho grandes empresários, nem grandes produções, é o reconhecimento e a oportunidade.
O ponto mais positivo que eu vejo é que a música me levou pra lugares que eu jamais sonharia em chegar.

2020 está sendo um ano difícil, nesse momento o isolamento aparenta ser de extrema importância, como você se sente com isso e o que a quarentena mudou em sua rotina?

A quarentena e essa pandemia mudou a rotina de todas as pessoas e, particularmente, em minha vida mudou muitos dos meus costumes que era de sempre estar rodeado de pessoas, seja tocando o meu violão com os amigos ou fazendo shows. Então, de certa forma, o contato e a vivência com as pessoas foram modificados. De inicio foi um pouco complicado mudar a rotina e os hábitos, mas acredito que o isolamento social seja a melhor maneira de frear os avanços dessa pandemia.

Após essa crise de pandemia, podemos esperar músicas novas, um lançamento de um novo CD, vem novos projetos musicais por aí?

No momento eu penso muito em replanejar minha carreira. Essa pandemia afetou muito nós artistas, que necessitamos do showbusiness. Acompanho muito como o mercado está reagindo e penso sim em lançar um EP com musicas autorais, algo que mostre mais a minha identidade.

Para finalizar, mais uma vez obrigada e qual recado positivo você gostaria de deixar para as pessoas que te acompanham e para os nossos leitores?

Gostaria de deixar um recado de paz e esperança em dias melhores para todos. Que possamos continuar tomando todo o cuidado e fazendo todas as medidas protetivas contra essa pandemia. Acredito que é um momento de muita cautela para que possamos voltar à nossa rotina de maneira segura. Continuem acompanhando o meu trabalho em minhas redes sociais e, mais uma vez, muito obrigado por estar contando um pouco da minha historia. Um forte abraço para toda equipe do Conectado News.

Confira vídeo:

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Da Redação/Conectado News 

Conectado News

7 comentários sobre ““A música me levou pra lugares que eu jamais sonharia em chegar”, diz Diego Bragga em entrevista

  1. Esse aí tem historia, grande Diegão sucesso meu querido, já comi muita água ao som de pagode 10

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